A dança surgiu praticamente junto com a humanidade, tendo, no princípio, um
 aspecto mágico, quase irracional, e constituindo-se como uma forma de contato
 com o sobrenatural. A dança evoluiu, posteriormente para rituais religiosos,
 que ainda mantinham o aspecto mágico. Por fim, na Grécia antiga, deixou de ser
 somente utilizada com fins religiosos, sendo incorporada também às tragédias
 gregas. Nos séculos seguintes, surgiram, gradativamente diversas formas de
 dança, em especial durante o Renascimento. Até então, existiam diversas danças
 folclóricas e étnicas, características de regiões, culturas e épocas
 diferentes. Porém, devido ao domínio da Igreja Católica durante a Idade Média,
 estas formas de expressão popular foram coibidas, por serem consideradas danças
 pagãs. Mas, nunca deixaram de existir.
 

Com a Renascença, as danças folclóricas acabaram sendo incorporadas pela
 aristocracia de países como França e Itália, e foram criados diversos novos
 estilos, agora elitizados, de dança. A dança teatral, ou balé clássico, surgiu
 nesta mesma época, desenvolvendo-se entre os séculos XV e XIX, quando enfim
 apresentou-se no formato que é conhecido hoje. A dança moderna, surgida no
 início do século XX, veio como uma forma de protesto e libertação dos
 movimentos e da técnica rígida do balé clássico, buscando um novo modo de
 expressão, além da simples diversão.
 

Hoje em dia, a dança como arte apresenta-se sob os mais diversos formatos, desde as
 danças étnicas, como o flamenco e a dança do ventre, passando pelo balé,
 clássico ou contemporâneo, pela dança moderna, até chegar ao jazz, ao sapateado
 e, mesmo, à dança de rua e às danças de salão, que vêm sendo apresentadas não
 mais como uma diversão simplesmente, mas agora também como arte.